Arcade Fire é uma das melhores bandas que o Canadá já produziu. O terceiro disco, The Suburbs, está aí pra não me deixar mentir. Denso e dramático, o álbum sabe se aproveitar da múltipla instrumentação e das camadas que dela vão surgindo.
Acertando no equilíbrio entre o experimental e o acessível, Matthew Dear lança Black City. Classificado por aí como avant-pop, me lembra um casamento entre o Roxy Music e a Electronic Body Music.
Eu associo rock indie ao Pavement. Por muitas vezes, ao longo dos anos, li o rótulo “indie” para o som de bandas como Interpol ou Strokes. Pra mim, não desce legal. Quando imagino o rock indie, me vem à mente aquela produção lo-fi, de vocal anasalado, típica da década de 90.
Tudo isso pra dizer que ouvi um dos melhores lançamentos indie (nessa minha acepção) dos últimos tempos: Mines, dos norte-americanos Menomena. Com um pé no experimental e bastante capricho na parte rítmica, traz grandes sopros de criatividade. É como a junção do próprio Pavement, Morphine e Beta Band.
Immer 3: mix denso e cerebral. Não exatamente para pistas, mas muito retrato de um momento, pós-minimal, pós-microhouse, pós-tech-house e que, ao mesmo tempo, converge todas essas tendências. Michael Mayer é o nome certo para isso.