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90s revival

Em um mês tivemos grandes retornos de duas duplas fundamentais para a música eletrônica dos anos 90: Daft Punk e Boards of Canada.
A essa altura, fazer algum comentário sobre Random Access Memories é chover no molhado. Amplamente resenhado, o lançamento de Daft Punk é mais orgânico e mais downtempo que o habitual, para a desilusão de quem esperava por uma dúzia de versões miméticas de Get Lucky – single excepcional, aliás.
Tomorrow’s Harvest traz de volta aquela sensação de sermos ciborgues em pleno sonho noturno. E mostra, na verdade, que Boards of Canada nunca perdeu a mão na arte de criar faixas belas, tornando-se um dos grupos mais consistentes ao longo da história da música eletrônica.

Imagem de wikipedia.org.

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Arquivado em alternative dance, electronic, house, idm, melhores de 2013

Eletrônica paranoica

Veterano da IDM e do drill’n’bass, Tom Jenkinson, o nome por trás do Squarepusher, volta à boa forma com Ufabulum.
Deixando de lado suas experimentações jazzísticas, Jenkinson foca suas energias na programação espasmódica de ritmos e timbres. E com absoluto sucesso. Ufabulum é o puro creme do milho da IDM.

Imagem de wikipedia.org.

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Abstração fria

Um dos meus discos preferidos de IDM é Confield, do Autechre. O som da emblemática dupla inglesa sofreu uma guinada ali, dando espaço a quebras rítmicas e desconstruções harmônicas para mim, então, inéditas. O melhor de tudo é que não se tratava de um experimentalismo ininteligível, mas de uma direção musical nova.
Tudo isso pra dizer que o mais recente disco da dupla alemã Monolake, Ghosts, talvez seja o mais parecido com Confield que já escutei. Não no sentido de mera cópia, mas no de “entendi o que você quis dizer e quero seguir esse caminho”. Sugere frieza, amplidão, impessoalidade, desorientação. São impressões que me vêm à mente. A música, em forma pura, como trilha para construção de sentidos.

Imagem de allmusic.com.

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Na rádio da espaçonave

A IDM é, sem dúvida, um dos meus gêneros preferidos. Da barulheira de um Kid 606 à calmaria do Múm, tudo vale pelo foco na ousadia.
O destaque deste post não é nenhuma novidade, mas merece a atenção de quem não conhece: Casino Versus Japan. Unindo o clima espacial comum ao gênero no começo da década de 90 e os breakbeats muito usados no final da mesma década, o resultado é um redutor natural da pressão arterial. Uma pena que desde 2002 não há nenhum disco de estúdio vindo do projeto.

Imagem do allmusic.com.

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Warp acertando a mão

O disco mais interessante de IDM deste ano, até agora, é Totems Flare, o quinto do britânico Chris Clark. Cheio de distorções sintetizadas, quebras harmônicas, vocoders e efeitos impecáveis de equalização, o CD é exatamente o que Jason Lymangrover, articulista do allmusic.com, disse: um doce para fones de ouvido.

Imagem do wikipedia.org.

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Arquivado em electronic, idm, melhores de 2009

A safra de bons discos já começou

Primeiro disco de eletrônica de 2009 que aponto entre os prováveis melhores do ano é Immolate Yourself, da dupla norte-americana de IDM Telefon Tel Aviv.
Apesar do gênero que marca o som da dupla ser o IDM, Immolate Yourself pende para o synth pop, seguindo bem a linha de Double Night Time, do Morgan Geist.
Há, no entanto, um fato trágico nessa história – Charles Cooper, um dos integrantes do Telefon Tel Aviv, faleceu uma semana depois do lançamento do disco.
Embaixo, a faixa The Birds.

Imagem de www.musicclub.it.

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Arquivado em electronic, idm, melhores de 2009, synth pop revival

Pra ter em casa: Orbital Live at Glastonbury

Eles estão voltando e escalados pra tocar no Sónar de 2009. O Orbital seguramente foi um dos 3 melhores shows que já vi (no caso, o Free Jazz de 1999), e boa parte do que se sente em uma apresentação dos caras pode ser conferida no DVD Orbital Live at Glastonbury 1994-2004.
O DVD, na verdade, é parte de um CD duplo com o mesmo setlist, lançado em 2007, e é obrigatório para a sua videoteca. Viagem de bonde do tigrão – luzes piscantes, galera embasbacada, som transcendental. Um pouco do drama aí embaixo.

Imagem do allmusic.com.

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