Arquivo da categoria: melhores de 2012

Boa (con)fusão

O norte-americano Dayve Hawk, nome por trás do projeto Memory Tapes, lançou no final de 2012 seu terceiro álbum, Grace/Confusion.
Com seis faixas que geralmente passam dos cinco minutos cada, Hawk traz uma singular fusão de indie eletrônico, downtempo e “rock” progressivo (de rock, na verdade, não há quase nada). É como se Air se encontrasse com Mike Oldfield.
O melhor disco de ambient pop que ouvi desde Sexuality, de Sébastien Tellier, de 2008.

Imagem de discogs.com.

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Uma discoteca nas estrelas

Muitos classificam o som do norueguês Lindstrøm como nu-disco (ou neo-disco), mas eu vejo uma singular fusão entre o progressivo eletrônico setentista e a house music. Um Klaus Schulze que sai à noite.
O disco Smalhans atesta a genialidade dessa fusão em apenas 33 minutos. Futurismo retrô que conquista, feliz e cheio de cores. Mais ou menos como assistir a Tron enquanto ainda se é criança.



Imagem de residentadvisor.net.

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Estreando em technicolor

Projeto solo da francesa Melody Prochet, Melody’s Echo Chamber é um disco-estreia que parece unir, em um mesmo balaio, Stereolab, Flaming Lips e Cocteau Twins. Bela e lisérgica mistura.

Imagem de thequietus.com.

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Ninjas do ambient pop

Nem só de breakbeats e hip-hop vive o selo Ninja Tune: ele está por trás do ótimo disco Unearth, da dupla inglesa Grasscut, que basicamente bebe das águas do ambient pop.
Contando com instrumentação diversa, as composições da dupla ora lembram os franceses do Air (mas sem o clima retrô), ora os canadenses do Boards of Canada. Excelentes referências, que resultaram em um álbum não menos interessante.

Imagem de allmusic.com.

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Nova York, novo rock

Do post-punk revival dos primeiros trabalhos, o trio nova-iorquino Liars avança para a experimentação eletrônica/pós-rock no recém-lançado WIXIW.
Pode-se traçar algum paralelo com o Radiohead dos anos 2000, mas no geral a sonoridade do Liars é distinta – mais crua, menos melódica, pendendo ora pro kraut rock, ora pro disco punk.

Imagem de wikipedia.org.

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Ouviu, gostou

A banda norte-americana Beach House faz bonito no seu quarto álbum de estúdio, Bloom. Suave e emotivo (sem ser piegas), é daqueles discos que cativam logo na primeira audição.

Obs. pra quem vir o vídeo: sim, a vocalista é uma moça (Victoria Legrand), apesar de soar como Brian Molko.

Imagem de wikipedia.org.

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Eletrônica paranoica

Veterano da IDM e do drill’n’bass, Tom Jenkinson, o nome por trás do Squarepusher, volta à boa forma com Ufabulum.
Deixando de lado suas experimentações jazzísticas, Jenkinson foca suas energias na programação espasmódica de ritmos e timbres. E com absoluto sucesso. Ufabulum é o puro creme do milho da IDM.

Imagem de wikipedia.org.

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Abstração fria

Um dos meus discos preferidos de IDM é Confield, do Autechre. O som da emblemática dupla inglesa sofreu uma guinada ali, dando espaço a quebras rítmicas e desconstruções harmônicas para mim, então, inéditas. O melhor de tudo é que não se tratava de um experimentalismo ininteligível, mas de uma direção musical nova.
Tudo isso pra dizer que o mais recente disco da dupla alemã Monolake, Ghosts, talvez seja o mais parecido com Confield que já escutei. Não no sentido de mera cópia, mas no de “entendi o que você quis dizer e quero seguir esse caminho”. Sugere frieza, amplidão, impessoalidade, desorientação. São impressões que me vêm à mente. A música, em forma pura, como trilha para construção de sentidos.

Imagem de allmusic.com.

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Indie progressivo

O que faz de A Church that Fits Our Needs, dos norte-americanos Lost in the Trees, um disco interessante é a junção das quebras rítmicas e harmônicas típicas do Radiohead, da sensibilidade do folk e da instrumentação baseada em música clássica.
Fico feliz em conhecer uma nova geração de bandas que resgata uma fatia do espírito do progressivo da transição dos 60 para os 70, como é o caso de Lost in the Trees e também dos ingleses do Field Music – seu CD Plumb, também de 2012, vale a pena.

Imagem de wikipedia.org.

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Dream pop sintetizado

Já falei do trio School of Seven Bells aqui antes. Agora como duo, eles estão de volta com Ghostory, terceiro álbum de estúdio.
Soando como um mix de Cocteau Twins e Depeche Mode, Ghostory mantém o nível de qualidade dos discos anteriores.

Imagem de wikipedia.org.

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