Oriente-se

De cara, uma característica do álbum In Focus?, do japonês Shugo Tokumaru, chama a atenção: o arranjo.
Rico em detalhes e predominantemente acústico, o disco apresenta grande variedade de instrumentos, sem parecer pedante – além de contar com interessantes quebras harmônicas. Ainda assim, consegue preservar um ar independente, lo-fi. É de se surpreender.

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Bom folktrônico

O duo norte-americano Dale Earnhardt Jr. Jr. apresenta no seu álbum de estreia, It’s a Corporate World, um belo caldeirão indie folk eletrônico, ao melhor estilo Yankee Hotel Foxtrot (Wilco). Outros congêneres que podem ser citados são Beta Band e, em alguns momentos mais technicolor, Flaming Lips.

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Melting pop

Não sei se é indie pop, acid jazz, disco ou pop retrô. Ou tudo isso junto. Underneath the Pine é o segundo disco do norte-americano Toro y Moi, e é também um álbum fácil de gostar. Talvez porque seja suave, espacial, sugestivo e, sobretudo, diferente. Imagine um casamento de Stereolab, Scissor Sisters e Air. Mais ou menos por aí.

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Calmaria pop + teclados

Indie pop e recursos eletrônicos tomam corpo no disco Everybody Knows It’s Gonna Happen Only Not Tonight, do projeto belga The Go Find. Levada calma e quase atmosférica, como se o pessoal do Death Cab for Cutie tivesse ouvido muito Brian Eno.

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Sweet symphonies

Poderia ser dos Beatles, do George Harrison, do Belle & Sebastian ou de todo mundo junto. Mas o disco Bonfires on the Heath é do Clientele, o quarto da banda inglesa de indie pop.
É como tomar Fanta Uva quando se é criança.

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A Suécia, de novo

Um dos primeiros discos de 2009 que realmente me impressionaram foi Dear John, do sueco Loney, Dear. Emil Svanängen, o rapaz por trás do projeto, lançava desde 2003 seus álbuns pelo próprio site, sem grandes pretensões. Mas sua popularidade foi aumentando e em 2007 Emil foi contratado pela Sub Pop.
O som do Loney, Dear lembra Belle & Sebastian, mas sem o ar retrô. Há ainda algumas interessantes incursões em eletrônica – a faixa Under a Silent Sea, por exemplo, quase vira um progressive trance a certa altura. Acompanhe o clipe do single Airport Surroundings:

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A ambulância que ficou pelo caminho

Estava eu aqui ouvindo um disco indie perdido de 2004: LP, estreia dos nova-iorquinos Ambulance LTD. Um mix de indie pop e shoegaze (será que o próximo revival será de shoegaze?), como uma versão “radio edit” de Spiritualized.
A minha decepção é que esse foi o único álbum lançado até agora. Veio um EP em 2006, New English, que não ouvi. Mas, pelo que li, a banda se desfez e hoje só resta o guitarrista-vocalista-compositor-deixa-comigo Marcus Congleton, cuja única composição de 2008 apareceu na trilha de um filme. Taí uma banda que tinha um bom potencial – no fim acho que já perderam o bonde.
Abaixo vai o clipe da faixa Primitive (The Way I Treat You):

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